O Brasil é um dos países mais digitalizados do mundo e desde 2020, por causa do contexto gerado pela Covid-19, os brasileiros resolvem a maioria das demandas burocráticas pelo celular ou computador.
Segundo um levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas em 2022, 447 milhões de dispositivos digitais estão em uso doméstico ou corporativo no país. Além disso, empresas de diversos segmentos de mercado apostam em aplicativos, carteiras virtuais e uso da inteligência de dados para facilitar o contato com seus clientes, como também para conhecê–los melhor.
Diante de inúmeras possibilidades digitais que facilitam o dia a dia, as corporações que decidem ignorar as necessidades do mercado cada vez mais digitalizado, certamente perderão espaço e relevância. Não há como alcançar mais clientes sem criar e manter uma estratégia de negócio que inclua a segurança de informações empresariais como prioridade.
Apesar de todos os avanços tecnológicos, a internet não é terra sem lei
Tendo em vista a mudança nos hábitos dos consumidores, a segurança de informações empresariais não pode ser um assunto esquecido. No Brasil, a Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD) anuncia diversas diretrizes para o tratamento de dados, a fim de garantir a segurança das informações do cliente e das empresas.
Ou seja, a LGPD protege a empresa e permite que ela construa uma relação de confiança com seus clientes por meio das ações de segurança digital.
As empresas que não investem em iniciativas relacionadas à segurança da informação, podem ser vítimas de estratégias como phishing, isto é, o envio de e-mails que enganam usuários. Essa prática é usada para roubar dados e até dinheiro de clientes.
Além disso, softwares criados com o intuito de obter dados sem autorização, conhecidos como Malware, podem ser um vilão, assim como as técnicas de manipulação para obter informações confidenciais – engenharia social.
Os ataques de DDoS, ou seja, a sobrecarga de servidores para torná-los indisponíveis, estão cada vez mais comuns, como também o vazamento de dados. Segundo uma pesquisa realizada em 2019, 60% dos brasileiros já tiveram seus dados vazados na internet.
Sendo assim, a segurança de informações empresariais deve ser considerada como uma medida urgente por cada empregador e empresário que deseja construir uma jornada de sucesso no mercado.
Qual é a melhor estratégia para garantir a segurança de informações empresariais?
Dentre muitas iniciativas, destaca-se a criação do Certificado Digital. Mas o que é isso?
Cada brasileiro possui uma identidade com os dados mais importantes que o permitem fazer compras, obter empréstimos, ser reconhecido em uma consulta médica e ter acesso a programas governamentais, por exemplo.
Da mesma forma, o Certificado Digital é uma identidade eletrônica que garante a legitimidade jurídica da empresa em ambientes digitais. Existem vários tipos de certificados digitais como o e-CPF, e-CNPJ, NF-e. Todos eles têm a função de possibilitar transações eletrônicas seguras, sem riscos de fraudes e adulterações de dados.
O e-CNPJ (Certificação Digital para empresas) é a melhor opção para garantir segurança digital para seus processos internos. Ele funciona como uma Identidade Digital da Pessoa Jurídica no meio eletrônico e através dela é possível se comunicar com a Receita Federal, acessar ao programa Conectividade Social, emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), entre outras aplicações.
A capacidade de proteção contra fraudes é a funcionalidade mais importante dessa certificação. O e-CNPJ garante que toda troca eletrônica de informações seja legítima. Isso significa que softwares inovadores não conseguirão lesar clientes e outros usuários e somente a empresa fará qualquer transmissão. Para as transações financeiras, por exemplo, este sistema é indispensável.
O Certificado Digital oferece uma camada a mais de segurança, visto que só permite que determinadas pessoas da empresa tenham acesso aos dados sigilosos.
Por que adquirir o Certificado Digital agora?
O Certificado Digital além de garantir a segurança de informações empresariais, permite também que o empregador cumpra com as exigências da Lei da Proteção Geral de Dados (LGPD).
E quais são elas?
- Redução do vazamento de dados: o grande objetivo da LGPD é diminuir drasticamente a ação de invasores digitais que provocam o acesso indevido a dados sensíveis. O Certificado Digital é um aliado nesta meta, pois impede que dados pessoais sejam expostos a sistemas fraudulentos;
- Criptografia dos dados: a criptografia nada mais é do que um sistema que impede que dados sejam roubados, comprometidos ou alterados. A LGPD obriga empresas digitais a fornecerem essa iniciativa para proteção digital e o Certificado Digital cumpre com essa medida;
- Controle de acesso: segundo a LGPD, empreendedores precisam saber quem acessa os dados em suas empresas. O Certificado Digital permite que apenas pessoas autorizadas acessem dados sensíveis, a fim de reduzir o vazamento de informações;
- Assinatura de documentos: através do Certificado Digital, o empregador poderá acessar e assinar documentos digitalmente, como também garantirá que o conteúdo do documento em questão não será alterado depois de sua assinatura. A LGPD exige que as empresas criem sistemas que garantem a integridade dos dados e o Certificado Digital existe para cumprir com essa função.
- Rastreamento de dados: o Certificado Digital permite que as empresas comprovem como é o tratamento de dados, através de um histórico de acessos e assinaturas de determinados documentos. Assim, os empreendedores conseguem cumprir com o requisito de transparência exigida pela LGPD.
Além disso, o Certificado Digital garante agilidade nos processos burocráticos da empresa, como facilidade na emissão de notas fiscais, no envio de declarações e nas transações fiscais.
Antes de investir em um e-CNPJ, atente-se a estes detalhes
Investir em um e-CNPJ é urgente, tendo em vista os benefícios desta iniciativa e os riscos do mercado digital. Porém, ao tomar essa decisão, atente-se a alguns detalhes importantes.
O primeiro deles é: pesquise melhor sobre a empresa que fornece o e-CNPJ. Muitos empreendedores adquirem esta carteira digital em empresas que não realizam um suporte técnico adequado, o que dificulta a implementação da ferramenta.
O segundo erro é não conhecer os modelos de Certificados Digitais existentes e não entender qual deles se aplica a situação da sua empresa. Existem dois modelos: o A1, que é gerado e armazenado no computador do usuário e o A3, que é guardado em um dispositivo físico como o SmartCard ou Token.
Cada um desses modelos tem suas características e o ideal é que você analise com cuidado as suas necessidades antes de fazer a escolha.
É válido destacar que MEI (Microempreendedor Individual) também deve adquirir seu e-CNPJ. Para garantir eficiência e segurança nos processos administrativos, é crucial investir nessa estratégia para estruturar de forma perene o crescimento da sua empresa.